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ECONOMIA - Da Poupança para o Tesouro Direto: Por que é tão difícil para o brasileiro fazer essa migração?

Publicado em 21 de January de 2020

Falar sobre dinheiro em nosso país ainda é considerado um tabu por boa parte da população. Isso ocorre, devido a uma cultura enraizada entre os menos afortunados em que o dinheiro é considerado algo sujo, ligado a ganancia e corrupção. Para muitos, desejar e acumular dinheiro em demasia é apenas para ricos, corruptos e gananciosos. Somada a essa cultura, ainda temos o alto endividamento da população, causado pela falta de incentivo a educação financeira. 

Poucos são os trabalhadores que conseguem guardar parte de suas economias e quando o fazem, investem seus recursos na modalidade mais popular e menos rentável que existe: a poupança.

Guardar dinheiro na poupança é uma das únicas formas consideradas confiáveis pela maioria da população. Para muitos a poupança, além de ser um investimento seguro é plenamente aceitável, pois o ato de apenas guardar dinheiro para emergências ou segurança não é considerado “ganancioso”.

Felizmente essa situação está mudando de forma gradual, apesar de lenta. Atualmente existem inúmeras fontes de aprendizagem, principalmente no meio virtual, que permitem fácil acesso a informações sobre finanças e investimentos. Cabe ao interessado pesquisar e filtrar as informações fidedignas e escolher a melhor forma de aprendizagem. Além disso os órgãos responsáveis por regularem a educação no Brasil já demonstraram preocupação, ao incluírem a partir de 2020, a educação financeira na grade curricular das escolas públicas.

Normalmente, após adquirirem algum conhecimento sobre investimentos, os investidores que saem da poupança, migram para um dos investimentos mais seguros que existem: o Tesouro Direto.

O Tesouro Direto é um programa de oferta de títulos públicos do governo federal onde o investidor adquire os títulos para depois revende-los novamente ao governo, que os compra de volta.

Apesar de ser considerado um ótimo investimento para os recém-saídos da poupança, o Tesouro Direto exige um certo estudo por parte de seus interessados. Isso porque diferente da poupança, que possui uma rentabilidade crescente e linear, o tesouro apesar de mais rentável na maioria das situações, possui modalidades e regras que podem até fazer com que se perca dinheiro.

As modalidades de títulos ofertados pelo Tesouro Direto atualmente são: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA +.

Dentre as três modalidades de títulos, a mais conservadora é o Tesouro Selic. Nesse tipo de título a rentabilidade, apesar mais reduzida, é sequencial, não diminuindo conforme as oscilações de mercado.

Já os Tesouros Prefixados e IPCA +, podem ter a rentabilidade alternada positiva ou negativamente, dependendo dos prazos que os investidores decidem mantê-los em custódia. É importante salientar que a oscilação positiva ou negativa na rentabilidade, só ocorre se o investidor descumprir o prazo de resgate acordado no momento da compra, ou seja, se o investidor decidir vender seu título ao governo de forma antecipada.  

A oscilação positiva e/ou negativa na rentabilidade dos títulos públicos prefixados e IPCA+ advém da marcação a mercado. A marcação a mercado é uma atualização diária do preço de um ativo de renda fixa.

Infelizmente por receio de que uma rentabilidade reduzida durante o período de custódia, não seja revertida até o prazo final do resgate, muitos investidores acabam retirando seus investimentos do Tesouro Direto em momentos críticos, perdendo boa parte de sua rentabilidade.

Mas também existem momentos em que o resgate antecipado do título, apresenta uma rentabilidade positiva muito superior a contratada. Nesses casos, a realização do ativo antes do prazo de vencimento é bastante vantajosa.

Tudo depende do estudo e conhecimento de cada investidor sobre a marcação a mercado.

Acreditamos que parte do medo que os investidores sentem ao abandonar a poupança e migrar para os títulos públicos ou outras modalidades de investimentos, possam vir do desconhecimento da marcação a mercado. Dessa forma, faz-se cada vez mais necessária, a difusão desse conhecimento entre os novos investidores.

Aprendendo sobre investimentos, os investidores conseguirão se posicionar e investir, conforme seus níveis de aversão ao risco.  Investidores mais conservadores estarão mais propensos ao investimento em aplicações de baixo risco e menos voláteis como o Tesouro Selic, já os mais moderados poderão se aventurar nos Tesouros Prefixados e IPCA + e aguardar pacientemente o prazo de resgate. Por outro lado, os mais arrojados poderão investir e acompanhar as oscilações diárias das taxas de juros, trabalhando com a marcação a mercado, podendo ou não resgatar seus títulos antecipadamente conforme a rentabilidade na data.

Independente da modalidade escolhida para aplicação no Tesouro Direto ou outro investimento, uma coisa é certa: os brasileiros precisam adquirir, além de conhecimento, a coragem para transferirem suas economias para outros investimentos, pois a poupança atualmente só é rentável para os bancos, que tomam emprestado o dinheiro da  população  pagando  juros mínimos e os emprestam a mesma população a juros exorbitantes.

Fonte: Contabeis

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